Não existem ouvidos de alma, não existe quem nos entenda, quem adentre nossa essência e compreenda nossa existência, nossas atitudes, nossos olhos. Não existe que me entenda, não existe quem entenda qualquer um. Não existe quem entenda ela.
Ve.sâ.nia:
- designação genérica das diversas espécies de alienação mental; loucura
- D. Quixote é nosso contemporâneo. E o simbolismo será tanto mais expressivo, tanto mais presente, quanto mais espessa for a atmosfera moral dos desânimos, quanto mais longe forem os tempos da vesânia generosa da humanidade. (Raul Pompéia)
Maria tinha olhos enormes e uma curiosidade tão densa, uma imaginação como um perfume legítimo francês, cuidadosamente elaborado por um refinado boticário. Sim, sua imaginação estava impregnada em seu corpo e era perceptível de longe, como cheiro suave e agradável, viciante. Que me prende ao seu lado, que evoca meus desejos mais ternos e obscuros. Seus olhos negros me prendiam perpetuamente, sua pele macia, seu riso. Ah, Maria, eu não me deixo te contaminar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário