domingo, 25 de novembro de 2012

Caçador de Bisouros

Era uma vez Lílian. Era uma vez Pedro.
Eram gêmeos, gêmeos fraternos. Lílian cresceu e tornou-se prostituta. Pedro não cresceu ainda, mas tornou-se advogado, depois juíz. Não se viam desde o dia exato do aniversário de sua mãe, que morrera tragicamente com um pedaço de bolo de chocolate entalado na garganta.
Lílian, uma menina de 9 anos, pele clara, cabelo ruivo, sardinhas espalhadas pelo corpo, menina de aparência esperta, olhos cativantes, mesmo com pouca idade sabe convencer qualquer um que sua opinão é a mais adequada sempre, quer ser policial quando crescer.
Foi levada a um orfanato no suburbio de sua cidade natal, chamado St Peter, lá ela encontrou uma rotina até que agradável, embora sem luxo algum. De manhã brincava com os meninos da casa, jogava bola e corria. Ela nem ligava se caia e se ralava, tinha muita diversão lá, porém quando pensava em seu irmão seu dia se fechava, não tinha ânimo nem pra pular corda. À tarde era a hora dos estudos, e ela gostava do que aprendia.
ESSE PARÁGRAFO CONTA A HISTÓRIA DE PEDRO
27 de abril, aniversário de 13 anos de Lílian, ela acrdou numa manhã fria e com um sol ralo, se lembrou de seu irmão, o dia fechou. Também era o aniverásio dele e ela se sentia frustada por já não se lembrar mais de sua voz, porém seus olhos eram impossível esquecer, eram idênticos aos dela. O diretor do orfanato a chamou em sua sala, Lílian não sabia o que poderia ser, talvez ela recebesse algum presente especial pelo aniversário. Bateu duas vezes na porta, o diretor a abriu coma feição indiferente, não demostrava nenhum soriso e nenhuma frustação. Mandou-a sentar. Ela sentou-se enquanto ele fechava a cortina. Ele abaixou as calças e começou a se maturbar, Lílian com medo fugiu, ele não impediu. Seu dia nunca mai se abriu.
ESSE PARÁGRAFO CONTA A HISTÓRIA DE PEDRO
Reticências e todos morrem no final

Nenhum comentário:

Postar um comentário