sábado, 29 de dezembro de 2012

Fácil Amor


Sentia-se como se estivesse dentro daquele poema de Drummond: João que amava Maria que amava Pedro...
Tinha um coração vadio e inquieto.
Por isso amava João, Pedro, Joaquim e até Alberto que, engatado nela feito cachorro no cio, não a amava nem um pouco.

Gustavo Rios, in: O Amor é Uma Coisa Feia. 7 Letras

Topo poeta é um perdedor


Quando a vi pela primeira vez, tive vontade de escrever-lhe um longo poema que falasse de amor. Nada entendia de metáforas. Busquei algumas belas palavras no dicionário e coloquei no papel meus mais sinceros sentimentos.

Na sexta-feira a vi passando na rua. Entreguei-lhe o "tal" papel com meu "poema". Exultante com minha coragem. Ela passou o olho e sorriu com candura. Deu-me um beijo no rosto e se foi.

Um pouco mais tarde eu voltava para casa, deslumbrado com esse novo sentimento. No caminho havia um muro. Do outro lado desse muro - era alto e dava para um matagal - ouvi alguns gemidos. Subi com cautela para ver o que era, movido por minha curiosidade. Ela estava de joelhos, enquanto um cara gemia e gozava dentro de sua boca.

Passei o resto da noite pensando o que havia de errado com meu longo e sincero poema de amor.

Gustavo Rios, in: O Amor é Uma Coisa Feia. 7 Letras

Onde a pluralidade vira normal

O universo está cada vez mais claro.
Não vejo mais as cores erradas. Não vejo nada.

domingo, 25 de novembro de 2012

Caçador de Bisouros

Era uma vez Lílian. Era uma vez Pedro.
Eram gêmeos, gêmeos fraternos. Lílian cresceu e tornou-se prostituta. Pedro não cresceu ainda, mas tornou-se advogado, depois juíz. Não se viam desde o dia exato do aniversário de sua mãe, que morrera tragicamente com um pedaço de bolo de chocolate entalado na garganta.
Lílian, uma menina de 9 anos, pele clara, cabelo ruivo, sardinhas espalhadas pelo corpo, menina de aparência esperta, olhos cativantes, mesmo com pouca idade sabe convencer qualquer um que sua opinão é a mais adequada sempre, quer ser policial quando crescer.
Foi levada a um orfanato no suburbio de sua cidade natal, chamado St Peter, lá ela encontrou uma rotina até que agradável, embora sem luxo algum. De manhã brincava com os meninos da casa, jogava bola e corria. Ela nem ligava se caia e se ralava, tinha muita diversão lá, porém quando pensava em seu irmão seu dia se fechava, não tinha ânimo nem pra pular corda. À tarde era a hora dos estudos, e ela gostava do que aprendia.
ESSE PARÁGRAFO CONTA A HISTÓRIA DE PEDRO
27 de abril, aniversário de 13 anos de Lílian, ela acrdou numa manhã fria e com um sol ralo, se lembrou de seu irmão, o dia fechou. Também era o aniverásio dele e ela se sentia frustada por já não se lembrar mais de sua voz, porém seus olhos eram impossível esquecer, eram idênticos aos dela. O diretor do orfanato a chamou em sua sala, Lílian não sabia o que poderia ser, talvez ela recebesse algum presente especial pelo aniversário. Bateu duas vezes na porta, o diretor a abriu coma feição indiferente, não demostrava nenhum soriso e nenhuma frustação. Mandou-a sentar. Ela sentou-se enquanto ele fechava a cortina. Ele abaixou as calças e começou a se maturbar, Lílian com medo fugiu, ele não impediu. Seu dia nunca mai se abriu.
ESSE PARÁGRAFO CONTA A HISTÓRIA DE PEDRO
Reticências e todos morrem no final

borboletas no aquário

Mais um dia desses e a morte vem me encontrar.
Dia de desistir do mundo, dia de repensar, dia de querer só assistir um vida pior do que a minha. 
Não preciso beber, não preciso esquecer. Não tem como. Essa agunia me deixa exausto, não aguento mais esquecer o que eu deveria lembrar e lembrar o que eu deveria nem ter feito. Quero mandar todos a puta que pariu, mas não posso.
Devo manter meu foco? 
ou devo apenas ignorar a existência dos números?
 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A Maldição de Cassandra

Não existem ouvidos de alma, não existe quem nos entenda, quem adentre nossa essência e compreenda nossa existência, nossas atitudes, nossos olhos. Não existe que me entenda, não existe quem entenda qualquer um. Não existe quem entenda ela.

Ve.sâ.nia:
  1. designação genérica das diversas espécies de alienação mental; loucura
    • D. Quixote é nosso contemporâneo. E o simbolismo será tanto mais expressivo, tanto mais presente, quanto mais espessa for a atmosfera moral dos desânimos, quanto mais longe forem os tempos da vesânia generosa da humanidade. (Raul Pompéia)

Maria tinha olhos enormes e uma curiosidade tão densa, uma imaginação como um perfume legítimo francês, cuidadosamente elaborado por um refinado boticário. Sim, sua imaginação estava impregnada em seu corpo e era perceptível de longe, como cheiro suave e agradável, viciante. Que me prende ao seu lado, que evoca meus desejos mais ternos e obscuros. Seus olhos negros me prendiam perpetuamente, sua pele macia, seu riso. Ah, Maria, eu não me deixo te contaminar.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A ninguém é permitido ignorar a lei

Porra, eu já sei porque o nosso futuro não vai ser infinito. Você não sabe ignorar realmente os objetos. Porra, eu não deveria precisar de gastar meia palavra com bobeira, pareço pequeneno, minúsculo, puta que pariu. Não deveria ter que escrever isso.
Palavrão é coisa de gente sem mente, sem palavras, sem perspectiva, gente rasa.

LSD em festas infantis

A funda intensidade do ser. Do existir. Não vivos existem, mesmo mortos.
Se todos tivessem os mesmo sonhos, mas se pensassem que fossem só com si.
Uma coisa marior, digo maior que você, que é difícil de aceitar.
Já passou das 11.
O título é reino e conquista,  é o livro 1 da capa vermelha,
Adeus Dr.

Frases ou Orações ou Períodos ou Porra Nenhuma

É tão profundo quanto é superficial, é tão fiel quanto é infiel.
O ódio por altos e baixos e pela inconstância vem do ser.
Mal me quer, mas me quer assim.
E esse tempo que não volta, uma dose pode aliviar o peso da gravidade, que está esmagando minhas costas, meu corpo sem sal.
Uma nova ótica, oma outra ética.



Não peço pra namorar, você riria... e eu morreria, sem ar

Era uma vez eu e a Flor.
Flor me deu três beijos e me apaixonei.
Ela era, ainda é, a Flor mais linda do universo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Talvez o amanhã seja daqui a 10 anos. Talvez o amanhã chege tão rápido quanto um piscar de olhos.
Só sei que quero viver. Talvez o amanhã seja só um suspiro.



sábado, 20 de outubro de 2012

Across The Universe

Um homem sem sonhos é nada, é um homem sem corpo, sem alma e sem espírito. É um morto nem-vivo, é um ser qualquer perdido. Perdido num quarto cheio de insetos que ele não pode ver, mas pode ouvir. É como um robô solto no espaço, que não precisa de alimento, que nunca vai desligar. A ele só resta olhar a escuridão bruta e fechada, sem emoção, a natureza rústica, aparentemente sem vida, são só cores, só pontos prateados, só buracos negros. Lhe venderam liberdade, mas ele comprou solidão, a maior de todas as prisões.
Decidi não ter certeza por algumas horas, de poder por 20 pessoas num copo raso e assoprar. Decidi rever planos novos e antigos, de riscar abraços, adicionar fôlego, mais desencontros e menos superficialidade.
Quero você perto de mim pra sempre.

foda-se todos

Acho que o certo é fodam-se todos. Realmente não sei.
Não acredito mais em palavras.
Amor é o caralho, odeio promessas que são incumpríveis, vontade de ficar no mundo que abandonei? vontade de não ficar em mundo nenhum!
Hoje meu coração parou de bater por algumas horas, ele não queria mais trabalhar.
Essa é a última oração, pra salvar seu coração. Coração não é [...]

Esse é um texto antigo, uma parte dos meus sentimentos por uma garota chamada Linda, sentimentos terríveis e ameaçadores, que bom que Linda se foi.

Ele disse que não queria perder uma vida

Era  uma vez João. O que diziam era: menino experto, inteligente, com certeza será alguém de posses, filho do Ricardo, filho da Maria, bom menino, estudioso, estuda até demais, pele clara, olhos negros, altura mediana, sempre de óculos de sol. João tinha outros conceitos sobre si mesmo: se achava imbecil e hipócrita, não gostava de como levava a sua vida, com falsidades e dualidades. Era incapaz de matar  um homem velho, à beira da morte. Mas desejava ver uma guerra de perto, quem sabe lutar, quem sabe atirar, quem sabe matar?
João tem agora 17 anos, se descobriu gay há um tempo atrás, de acordo com ele ontem. Se descobriu hétero aos 7. Mas isso tudo não é importante pra nada.
João tem uma namorada, Manuela, ele não sabe se gosta dela, não sabe sobre amor, só sabe que é excitante beijá-la, tocá-la, ...
João pensa sempre na morte dos seus pais, João é um canalha.
João é um estelionatário, ele tem 27 anos, já roubou desde crianças até velhinhos indefesos. Esse é seu trabalho.
João morreu as 39. Parada cardíaca, fruto de uma overdose causada por excesso de cocaína.
A morte foi ao seu encontro, e junto seguiram.


Depósitos de cofres

Os fantoches guiam a minha inercia intelectual
as estrelas brilham como um espiral,
minha vida se reserva a ser um vento maldito e estúpido,
que não causa paz em ninguém.

Ferir o tempo com uma marreta mágica, ir além da mitologia, ver o nascimento e a morte. Parar no tempo.
Só queria poder ouvir o que a voz do meu coração diz, queria ouvir a minha razão também, queria me conhecer e perceber todos os meus reais sentidos.
Auto conhecimento é uma estrada sem volta. Sou destro, ainda mantenho minha inocência na mãe esquerda, sei que poderei usá-la quando todos perceberem que o mais puro desenho é a criatividade  inabalada.

A humanidade é desumana

Tragédias radioativas, vida perdida.
Me deram uma taça da bebida mais deliciosa e logo depois de eu me fartar me impuseram a mesma taça cheia do mais vil veneno.
Não sei se tem pra onde fugir, sempre tem. Fugir pros seus olhos, fugir pro seu sorriso, fugir pra dentro de você.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sobre o ódio em geral

Eu odeio a intenet, odeio dinheiro, odeio o sistema, odeio o google, odeio a falta de tempo, odeio fastfoods, odeio a correção automática, odeio a cultura. Odeio novidades, odeio eu não odiar status, odeio gastar meu tempo.
Feche os olhos quando eu for mostrar o meu mundo pra você, que está sempre aqui em tudo que existe ao meu redor.
Pode me encontrar antes de meia noite nos meus sonhos? Por favor, chegue 23:59, porque depois de 00:00 a porta não abre mais, o professor morre, a rio flui, o dia acaba. 
Eu tenho que dar um tiro, como uma bala de prata, direto no meu coração pra poder existir, pra poder abrir e fechar a boca.
Odeio minhas palavras.

Só me deixe quando o lado bom for menor que o ruim.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Let it be

Realidade virtual, ter certeza do que não é real?
É impossível não aceitar desafios, não se arriscar, não pular. Subir mil metros e não conseguir se lançar no toboágua. Pode ir dois juntos, pode me acompanhar, pode escrever rápido, pode dormir rápido, pode esquecer da página seguinte, pode acabar o amor, pode nascer o amor.
O que nutre uma árvore é a água da chuva, os sais minerais da terra, o sol. Não adianta abraça-la, que ela não vai te abraçar de volta.
Ter vida, não ter ar, realidade não concreta, vida pós moderna, não ter vida. Não comer, engordar até estourar, estornar, devolver um coração, roubar três  pulmões. Ouvir músicas durante os sonhos, acabar a bateria da sua alma, não ter alma, não ter tempo. Ler. Ler o inconsciente, o transcendente, ser. Ser o que deveria ser, viver como se tem que viver, olhar e fazer.
Verbos, agir, não dormir, estudar pra que?
Morrer, essa é a única realidade.


sábado, 8 de setembro de 2012

Temos nosso próprio tempo

Quando é a hora certa de dormir e deixar tudo pra depois? De perceber que o seus planos não deram certo hoje e tentar relaxar e esquecer o futuro por dois segundo até pegar no sono?
Era dia, algum feriado, provavelmente 7 de setembro. Cícero não tinha certeza do número do dia, muito menos do ano, só sabia que era uma sexta feira. Era o pior dia da semana, os abrigos públicos estavam sempre cheios as sextas. O jovem senhor, de apenas 34 anos, teve que parar sua tradicional coleta de alimentos desperdiçados e materiais recicláveis pelas lixeiras da cidade mais cedo que o comum, 2 horas da tarde foi seu limite, conseguiu 7 folhas de papelão, algumas latinhas amaçadas e duas salsichas podres. Mesmo estando em plena meia idade, não tinha mais a mesma disposição de antes, não aguentava passar um dia todo a procura do que comer, o sol já ofuscava suas vistas, maltratadas por alguma doença adquirida lentamente, provavelmente catarata, mas Cícero não fazia ideia do que esse nome significava.
O dia de trabalho lhe rendeu 2 reais e 42 centavos, que foram devidamente arredondados pra baixo. Cícero reclamou, o atendente da cooperativa de reciclagem o ignorou. Bom, com o dinheiro de hoje ele comprou um biscoito de um real, sobrou 1 e 40. Foi andando em direção lado norte da cidade, e pensando, ontem lhe sobraram 2 reais e 15 centavos, então daria 3 e 55, e era tudo que tinha pra viver mais um final de semana. A cooperativa não abre nos finais de semana e ele não tem onde guardar o papelão acumulado no sábado e domingo, até já tinha tentado esconder certas vezes, mas sempre foi roubado por outros catadores durante o sono. Ele sabia que nessa guerra chamada vida estava só.
Finalmente Cícero chegou ao abrigo, já eram por volta das 4 horas da tarde, a fila estava longa e ele sentiu um pouco de medo, não poderia perder a vaga, precisava passar a noite lá. Não havia outra alternativa. Esperou silencioso na fila, com as mãos no bolso, apalpando o que de mais tinha de precioso naquele momento, seus 3 e 55, era uma nota de 2 e o restante moedas que variavam entre 5 e 50 centavos. Seu passatempo foi tentar descobrir os valores das moedas apenas pelo tato. Funcionou bem, pois parecia que havia passado apenas 15 minutos e o agente já estava a abrir a porta do abrigo, ou seja, já eram 6 horas da tarde.
O agente gritou para ordenarem a fila de acordo com a chegada, e que pra hoje haveriam apenas 27 camas disponíveis. Todos do meio da fila em diante ficaram apreensivos, normalmente eram 31 leitos. Ninguém queria passar a noite sem um teto. É ótimo dormir à luz das estrelas por um dia, quando se tem um teto e uma cama quente nos outros, Cícero sabia como era péssimo não ter onde dormir, escolher uma calçada e sentir aquele frio intenso e congelante sobre seus dedos que não o deixava descansar. A fila começou a andar, e o agente a gritar: um, dois, três, ..., quinze, dezesseis, .. vinte e sete. Cícero seria o vinte e nove, mas hoje não, mentalmente amaldiçoou o mundo e se virou. Foi embora, sabia que não adiantava reclamar, tudo que conseguia imaginar era que se não gastasse seu  tempo reclamando sobre a falta dos dois centavos na conta de hoje provavelmente dormiria sobre um colchão essa noite.
Sem rumo o homem começou a andar, andou por horas. Se deparou com um bar, estava cheio, contrastando o resto da rua deserta. Viu um grupo de rapazes e decidiu arriscar, pediu uma ajuda, uma esmola. Os rapazes o ignoraram e continuaram a beber. Cícero continuou a andar pela rua do bar, achou uma parada de ônibus, estava escura, ótima pra dormir. Usou o jornal velho que tinha achado, estava um pouco molhado, mas já já secaria, pensou ele. Tentou ser otimista. Tentou lembrar de bons dias. Não conseguiu.
Cícero fechou os olhos e dormiu.
Acordou sentindo algo estranho, alguém jogava alguma coisa nele, algo gelado. Era aquele mesmo grupo de jovens do bar que rejeitaram dar alguma esmola pra ele, que sequer ouviram o que ele tinha a pedir. Derramaram uma garrafa de vodca nele, ela estava gelada, muito gelada. Cícero despertou com um susto e logo que abriu a boca pra protestar levou um soco no queixo. O jovem que o abateu disse: toma otário. Enquanto outro gritou: Drogado do caralho. outro filmava tudo. Enquanto o último apenas via tudo isso. Eles esperaram o catador recuperar os sentidos e começaram a chutá-lo por todo o corpo,mas não no rosto, não queriam ele inconsciente ainda. Cícero urrava de dor, e os jovens continuavam a bater, e chutar. Passado dois minutos de pancadas o jovem que permanecia calado gritou: parem!
Ele foi ao encontro do senhor, que agora estava repleto de hematomas e sangue pelo corpo, colocou a mão em seu bolso e tirou seus 3 e 55. Pegou a nota de 2 e jogou as moedas num boeiro na rua. Cícero chorou. A sessão de pancadaria continuou por mais alguns minutos. O Jovem que filmava não conseguia se conter entre risos e brados sobre morte aos drogados. O catador estava imóvel, não conseguia mais mexer nenhuma parte do corpo, embora tivesse plena consciência do que estava acontecendo. O jovem calado, continuava de boca fechada e olhava o senhor nos olhos enquanto apanhava. O que estava filmando se assustou, achou que seus amigos tinham matado o senhor. No desespero puxou do bolso um esqueiro e ateou fogo no catador. Cícero pode sentir o fogo o consumir, a sua respiração ficava cada vez mais difícil,o ambiente cada vez mais quente. Ele morreu naquela noite, mas sua alma certamente viverá para sempre. Os jovens tiveram mais muitos anos de vida, mas seus espíritos abandonaram seus corpos naquele momento. 

Armas químicas e poemas

Pessoa #1
Era uma vez Laísa, era uma garota de bons modos, boa família, morava longe da média ponderada da realidade. Mas não era soberba nem presunçosa. Tinha um metro e oitenta e um, se vestia bem, pele branca, estupidamente branca, pele neve. Olhos escuros e profundos, seu olhar era congelante e cheio de vida morta, cheio de platonismo, cheio de idealizações semi-frustadas. Sua playlist tinha rock progressivo, bossa nova e todos os anos 80. Ela tocava violino, falava francês e um pouco de finlandês, mas seu forte sempre foi sua língua mãe, ela sempre valorizava o português brasileiro, que costumava chamar de luso-tupiniquim. Não se dava ao prazer de ter sonhos, só alguns objetivos de vida que gostava que escrever no seu molesquini, objetivos tão simples que se tornavam complexos.
Tinha uma rotina programada rigidamente. segunda feira é dia de sorvete, terça feira dia de observar os pássaros, quarta feira filmes baixados por aí, quinta feira observava os cavalos no hipódromo, sexta feira teatro, sábado visitava seus pais no hospital, domingo é dia de dormir até tarde e experimentar receitas novas na cozinha.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Acabou o seu tempo, acabou o seu mar, acabou o seu dia.

Extravagâncias, amantes, dívidas,
separações, alegações de incesto,
morte por febre,
se você quer ser um guitarrista do Iron Maiden
tem que carregar consigo um Lord Byron.
Tem que ser antigo como são antigas a bactéria,
a chaga de Cristo
e tudo o mais que a medicina não deu cabo.
De teu motor valvulado, corrosivo e perecível
você tem que extirpar cadeados de lamentos,
cruz e sacrifícios.
Você tem que ser teu próprio pronto socorro,
da selvageria que é a vida,
do osso quando arrebentam
pancadarias na arquibancada,
uma taça feita de crânio, as perfurações,
as úlceras, as lesões, as ofensas,
as injurias, os agravos.
Você tem que saber que não é invulnerável,
que vão te fazer a corte e os cortes,
nunca as suturas.
Você é antigo na dor,
faz de sangrias coaguladas o teu pranto.
Você colocou a mão esquerda na labareda,
deu-a de bandeja à palmatória.
Com a outra você cometeu haraquiri.
E o show ainda nem chegou na metade.
Luís Felipe Leprevost

Oxigênio

Hoje não estou nem aí pra Marte, pra Júpiter, muito menos pra Terra. Foda-se a Lua, só preciso xingar alguém e ouvir teatro dos vampiros em paz. Maldita dor de cabeça que não se vai, tédio estúpido que não quer me abandonar. Não vou olhar no relógio de novo e descobrir que na última hora só se passaram 3 minutos, quero só ficar bem, amanhã tudo vai mudar, amanhã ela tornará a ser incrível. Eu só preciso dormir pro mundo voltar a ser limpo, organizado e habitável, mas é que meu sono não vem antes das 3. É, todos vão ter que esperar.

sábado, 1 de setembro de 2012

Lia começa com L

O céu está cheio de estrelas que não podemos ver.
O meu mundo está girando.
Vem cuidar de mim.
Vem que preciso de você hoje,
meu coração não aguenta a distancia de mais de 2,32 cm de você
vem Lia, vem ser minha Lua.
Vem tirar esse meio assim de mim.
Com um balão só, já dá pra voar.
Diz a lenda que trocou suas certezas, por alguns sonhos mágicos.
Não se esqueça por enquanto de esquecer alguma coisa pela casa e vir buscar do nada.
Açúcar ou adoçante?
Nem precisava perguntar.



terça-feira, 21 de agosto de 2012

You shine like gold in the air of summer

Não vou quebrar a taça de cristal que estamos construindo.

I find your beautiful mind in everything 
but everything can't make me belive
and I find your beautiful eyes see everything
so show me something beautiful please
[...]
I fell so cold, and i'm growing old
so come on now just finish it

Só por querer ser, já somos. Não precisamos esperar pelo que não existe. Desbravadores do planeta x.
Será que todos os paraísos são artificiais?
Espero que nosso pra sempre seja eterno e infinito, profundo e intenso, e que pela primeira vez meus planos deem certo. 
Acho que vão dar, porque, pela primeira vez também, não são mais meus, são nossos.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A de árvores

Você está sendo minha cura.
Já estava cansado de estar doente, de me arrastar por aí,
de viver sem vida.
A de Aventura
Minha cura foi praticamente instantânea, foi à primeira vista
meu tratamento foi te olhar e num milésimo de segundo melhorar.
Eu sei que a tristeza é charmosa, mas já foi.
A de angústia
Quero viver, te sentir cada vez mais fundo
quero mergulhar em você.
A de Amor.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Sei que é alto, mas eu vou pular

Vamos envelhecer aqui e tornar esse dia eterno?
podemos ser substituídos por clones perfeitos.
Te quero nos meus pensamentos a cada segundo,
mas prefiro você ao meu lado.
Quero te monopolizar, mesmo sendo eu contra o monopólio de pessoas.
Eu não esqueço, a riqueza que nós temos ninguém consegue perceber.
Sinestesia, é sem dúvida o que você me provoca.
Meus sentidos estão começando a funcionar novamente,
Tenho certeza que mais que gosto de você (com mel e açucar).


A chave é sua, e o coração também.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

o último Adam

Já não quero mais ir embora, não quero não te ver,
não quero não querer você
não quero desculpas, não quero te deixar só
não quero dormir sem te dar boa noite
nem acordar sem tentar lembrar se sonhei com você
não quero morar no lugar mais lindo do mundo sem você
não quero nunca mais esquecer da sua voz.
Acho que você me deve algumas coisas.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Eu não quero te esquecer

And if a double-decker bus
Crashes into us
To die by your side
Such a heavenly way to die
And if a ten-ton truck
Kills the both of us
To die by your side
Well, the pleasure and the privilege is mine

Limites não existem

Eu sei que você não me quer longe,
então por favor pare de dizer isso.
Eu não ligo pra como as coisas deveriam ser, cansei de sofrer
rimas, rimar, infinitivo, tudo que você detesta
e acho que sou tudo que você odeia/não odeia
te dei meu coração numa bandeja de prata esqueceu?
mais uma vez, voa ou morre?

segunda-feira, 30 de julho de 2012

E agora, Bran, insistiu o corvo. Escolhe. Voa ou morre.

Eu escolhi voar, não pensar em nada,
esquecer os outros, esquecer de mim também
Vem comigo?
posso tentar te mostrar algo bom,
e se o meu bom for o seu ruim, e o seu ruim for o meu bom
a solitude certamente estará no fim
vou tentar não ser egoísta e arriscar menos
mas meu instinto apostador é tão forte.
Por favor,  não me odeie mais.
Cartas na mesa.

A infelicidade perdeu o in

Eis algumas frases fora de ordem:
Roube de mim beijos, roube de mim tristeza e e esconda em algum lugar deserto.
Roube meu desespero e enterre no fundo de um poço escuro.
Dez segundos sem ver seus olhos já é o suficiente pra sentir um mar de saudades.
Sei que você me prefere como eu costumava ser.
Minha mudança não foi intencional.
Não sei como vou fazer pra ficar longe de você.
Não quero ser pop, só quero te ver.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sim

você está livre essa noite?
Sou livre sempre.
Cuidado eu posso casar com você e estragar a sua vida,
ou só não estragar
minhas mãos são tão frias e minhas palavras tão quietas
Estou bem mais feliz do que eu poderia imaginar.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

cheguei

Já estou bem aqui.
Não queria precisar dizer oi, 
odeio abraços de reencontros tanto quanto os de adeus,
mas gosto do sorriso
não decidi ainda se estou aqui para ficar.
Mas tenho o agora, e um presente
por favor tente me encontrar, sei meu endereço, mas continuo perdido.

domingo, 8 de julho de 2012

Iverno de um dia

O Futuro está no passado?
Esse ano o frio veio num sábado. 
Que péssimo dia pra estar doente, ausente e cansado.
meus braços fracos estão doendo.
porra, eu odeio animações.


Só faltam algumas horas pra rever meu passado/futuro e sinto que os poetas morreram no meu breve hiato, quando se idealiza tudo se torma mais complicado e inconstante,
que deprimente

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Não confunda ética com éter


No fluir do tempo uma oportunidade perdida é perdida para sempre.
Por a minha vida em caixas, deve ser a décima nona vez que faço isso. Atenção pra não deixar um  rim por aí, não preciso ter a mesma preocupação com o coração, ele já se foi a muito tempo e por mais que eu saiba que em breve irei achá-lo, não faço ideia se ainda estará batendo.
Porque não se pode apenas desaparecer no ar e deixar todas as frustações por aí, vagando solitárias, a procura de qualquer um que as queira.


sábado, 16 de junho de 2012

a re(volta) dos dândis

Siga seu coração e tudo terminará bem, e quando só houver merda no seu íntimo, e todos os seus sentimentos gritarem pra sair do seu corpo, e sua alma agonizar de dor, saberá que está vivo. É só isso que eu penso de mim no momento, mas o vazio não sai.
Eu quero chorar, mas não consigo há muito produzir lágrimas.
Não sou feliz, e isso me mata. Eu realmente preciso de um afago, como nunca antes precisei. estou só e decadente, odianto tudo, sentido uma dor insuportável por dentro. Nenhuma música me dá ânimo mais, estou como um velho a beira da morte, mas ela teima em vir me buscar.
Não há mais vento, nem sol, frio, filmes.
A minha cura são suas palavras. Não aguento mais ter de esperar, malditas circunstâncias. E a verdade é que não preciso de corpos, já aprendi a viver sem eles, só preciso de vozes, aliás, da sua voz.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Deixei a boca aberta, esperando o teu momento, a hora certa pra dizer, mas nada aconteceu. Culpo o mundo.
Estou vivendo um impasse realmente grande. Tudo começa com uma escolha simples, mas acaba no futuro do universo. O que é infelicidade? Qual a diferença entre estar confuso e perder mais um ano?
Pensei em mil palavras, e enfim
Nenhuma das palavras coube em mim
Não vejo saída
Como vou dizer sem me calar?


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Esqueci que o tempo passa,
que enelhcemos e amadurecemos.
 
Sei que ela terminou
O que eu não comecei
E o que ela descobriu
Eu aprendi também, eu sei
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia
Nunca ser dito por ninguém
Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu
sinto por você.
Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.

E eu dizia: - Ainda é cedo
cedo, cedo, cedo, cedo.

sábado, 14 de abril de 2012

nada de astronautas hoje

Estou tão forte, como nunca fui
vendo a beleza das pessoas,tendo muita dificuldade em pensar
sendo menos imortal.
Dessa vez escolhi um objetivo e decidi focar, uma só pra amar
sem  pontos, espaços, vírgulas.
Ainda ando desacostumado com janelas muito abertas, mas isso passa com o tempo
e finalmente diversão.
Mãe sempre fala: nada de sexo, drogas, rock and roll, beatles
álcool, rpg não online, cubo mágico, cigarro, falta de  proteção,
muita prostituição, cemitétio, magia negra ou branca, dirigir alucinado,
entrar em favelas perigosas, mais de três dias sem notícias,ar contaminado.
Evite pessoas doentes, mas agora já é tarde pra tomar vacina.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Impreciso

Viver em extremos, somos quem podemos ser, sonhos que podemos ter.
Taxa de sobrevivência: 50%.

Vamos lá, notícias. Estou ocultando o crime e então vivendo bem,
ainda me acostumando com a felicidade, com a liberdade, como o tempo livre,
como o descompomisso com os dias, tudo sem pressa.
observar, duvidar, sentir, não preciso mais só aceitar
relaxar e poder criar
se faltar o vento agente inventa

domingo, 11 de março de 2012

kingdom of comfort

Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Em ombros de piratas

Não chore, preciso de toda a minha coragem para morrer aos vinte anos 
Já posso respirar novamente

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

maldito tempo que passa

Feito de lego inquebrável e amontoável, uma fênix que quando morre renasce
renasce do que sobra, do aniquilamento, da sombra
Sonhos queimam, mas as cinzas são ouro .
Feito do cristal mais fino
depois que foi jogado do décimo terceiro andar não tem mais vida
sim, areia não vive
e então guardar todas as palavras pra mim mesmo,
quero o que vale a pena, o que não te [?]
E sou feito de lego, e ela de vidro
O nosos futuro quebrou, nunca mais vai virar presente. A água transbordou do copo
e minha vida não sã engatilhou, decidi ficar pelo sereno da escuridão solitária, aompanhado do nada e do vazio à noite. Da maré e hipocrisia pelas manhãs. Vou voltar aos  meus instintos e tentar manter a ultima gota de orgulho e horna que ainda me restam. Me leve dessa vez para uma ilha deserta, não quero mais ver sanguessugas de alegrias que nunca foram reais, mas assim mesmo me confortavam.

feito sob medida e encomenda para Luna.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O terrível desconhecido

só mais duas viagens e tudo vai dar certo, vai ser assim e o início do fim
se o único jeito de progredir é descer, vamos lá
não peço excluividade, só continue conversando comigo
foi tudo culpa do mundo, culpa do sistema, culpa do cosmos, sei lá de quem
Me tire da disputa, não quero mais guerrear por corações. não queo lutar.
você sabe o que dizem por aí.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

manter, ficar parado sem se mexer

era um vez edu, viajando por dois dias, andando por aí, conhecendo lugares legais, e pessoas também. Na noite um, Edu foi a uma feira, lá vendiam de tudo, e o que mais o impressionou foi um rapaz que escrevia nomes em arroz. Isso não é nenhuma raridade, mas é tão incrível e viciante olhar o rapaz ecrever, tão pequeno e habilidosamente.
As pessoas eram bem claras, numa face do arroz  pediam pra escrever o nome delas e na outra o da pessoa amada. Chegou a vez de Edu, mas e agora? o que escrever?
A única solução é um nada.
que texto chato.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Passos para trás

Expectativas frustradas, vidas vazias, palavras soltas e sem valor, e isso é tudo pessoal. Tudo na vida. É inútil ter certeza de que algo bom vai acontecer por agora, a solução está no tocante do transcendente.
O futuro não é mais como era antigamente.
Será que é certo desejar a morte dos outros só pra ter o frio de volta, mesmo que só por doi dias? Deve ser.
Eu nem sei o que dizer pra te acalmar [como se vc precisasse disso]. Tenho pensado em tudo, mais do que nunca, mas só. Quando a vontade de escrever se vai é difícil sair alguma coisa digna.

Se eu tivesse a força que você pensa que eu tenho eu gravaria no metal, da minha pele o teu desenho. Feitos [..] feitos pra durar, uma luz que não produz nada.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

(Postagem sem título)

Não sei se está melhor ou pior, só que muda,
o tempo passa e o aspecto muda.
Quero ver a lua hoje, quero ver luzes acesas

acho que não vou mais te machucar, só queria cuidar de você
mas infelizmente não sei te proteger da maneira certa
espero que você não precise de um segurança.
pra tudo mais estou aqui, também quero viver.
Não quero juras de amor, não se preocupe,
é muito cedo, talvez a solução seja desacelerar.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Temporário de dez anos

Segunda feira blues
Não me importo em trabalhar, desde que veja o seu soriso de novo
Teus lábios são labirintos, que atraem meus instintos mais sacanas
o teu olhar sempre me engana, é o fim do mundo todo dia da semana
por favor, me mostre seu calor de novo, prove que você está viva
sinta meu coração e minha sinceridade
aí está o amor, que você tanto me questionou.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

500 dias sem ela

Tentar pode ser prejudicial pra minha vida. Eu não quero me afogar em um rio congelante, não gosto tanto assim de frio. Odeio a natureza, vento me faz mal e minha nova regra é que só vou baixar música do 4shared, nada mais de ficar me arrastando por aí, colocando números falsos de celulares. tenho tanto receio de me decepcionar que uso um suposto medo de te enlouquecer. Vou ser fiel e não jogar mais rpg online.
Eu não estou tentando te fazer acordar, estou perdido, não sei mais quem quero ser. Quem sou agora não importa, mas vagar por aí sem saber porque, nem pra onde quero andar me faz me sentir como um pessoa que respira ar todos os dias, mortal. Por que isso me deixa tão mal?
Sem objetivos não dá mais pra viver.
Me dei um tempo pra pensar, e isso não resoloveu. Não consigo mais vagar até que a ideia caia na minha cabeça, e tenho a sensação que isso me faz ficar muito doente, [Sem motivos, nem objetivos. Nós estamos vivos e é tudo. É sobretudo a lei. Dessa infinita highway].

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Meio amargo de dezembro

Vou tentar esvaziar minha mente que já está vazia. Zero de tristeza e zero de alegria. Dessa vez vou selecionar bem o que entra, não vou retroceder mais, e tentar errar menos.
Era uma vez Lúcia, uma menina ótima, cabelo preto, olhos negros, pele clara, mão macia. Ela era reservada. Poucas palavras com semi conhecidos e não mais que as necessárias com os amigos, mas ela tinha visão. Não me encantei como a olhei, estava com pressa e ela ficou desapercebia por mim, mas quando fomos apresentados tudo mudou, minha consciência se quebrou e ela tomou meu mundo, ah doce Lúcia. Uma semana lembrando de cada palavra, cada letra que saiu da sua boca, cada segundo só servia pra te lembrar, esperando o próximo oi.
Outro encontro, Lúcia continuava incrível, só conseguia te olhar e te querer bem, muito bem, e quando você finalmente me perguntou o que eu fazia da vida, não soube o que dizer. Tudo se tornou tão confuso e desorganizado, que só podia respirar bem devagar. Lúcia, eu faço nada, mas sei tudo, estava só te esperando pra poder dormir em paz.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Será que é melhor não viver pra não deixar saudades? não beijar pra evitar a tristeza de ter que deixar? Eu quero ficar, preciso do seu olhar pra sempre, da sua perspectiva, do seu calor. Estou apaixonado por mim aqui, se eu me mexer, a posição confortável e agradável vai embora e inevitavelmente não vou conseguir recuperá-la.
Mas quer saber? não me importa, não quero conforto, o futuro não existe mais.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

acertei bem no alvo, bem no alvo errado

Estou feliz por mim, por estar crescendo a jato, eu acho
mas pra onde ir? não dá mais pra trocar o certo pelo duvidoso, também acho
é, tentar não custa outro ano, custa?
como é que mais uma conversa me faz abandonar minha imagem e ir a trás de aventura?
não tenho mais fôlego inocente, não vou mais procurar no escuro.
Tatear um buraco negro, como um cego mal treinado, tentar achar o fim
desse cofre cheio de coisas inúteis
é hora de mochilar, só penso nisso por agora

Tão vazio e tão contente

The question is where did this begin who authored and who finished it? 
Perder meu passado não fez diferença hoje, foi rápido e indolor, sem longos discursos e sermões tirados de livro de autoajuda. Não quero proteção, nem quero ter que fixar o nariz no topo do mundo pra provar que passei instantaneamente por cima do nada. Foi tão rápido.
O tamanho não importa, não existe muita diferença entre uma semente e uma árvore, todos temos DNA nos cabelos e em nada mais. Podemos fazer exames de paternidade, controlar um célula, surfar, nos transformar em RNA e tudo mais.

A beleza do improvável é a felicidade inesperada, é acertar tentando errar. Me liberte com o brilho das tuas palavras, volte pra mim, ou volte pra quem mais que for, se isso te fizer abrir a boca novamente.