domingo, 28 de julho de 2013

A Menina Natural [continuação]

Vi que o livro era o memórias de minhas putas tristes, do Gabo. Disse como o livro era bom, da minha admiração pelo autor. Ela examinou a capa e esboçou um leve sorriso. Pagou e disse adeus.
No dia seguinte Ana não quebrou sua rotina, foi ao café, fez o pedido e se sentou. Tirou o livro da bolsa, abriu em uma das últimas páginas e leu. Ficou lá por uns dez minutos. Eu analisava suas expressões a medida que ela ia percorrendo as páginas, por um instante riu quase que descontroladamente. Tentei lembrar de que momento da história se tratava. Não consegui. Inevitavelmente me peguei relendo o livro, cada trecho nada poético, mas denso, o livro parecia pesar cem quilos em cerca de apenas cem páginas. Todos esses cens me deram uma vontade imensa de ler cem anos de solidão. No final daquele mês já havia lido 7 livros do autor, e assim foi. Mais alguns meses e completei todos os livros publicados dele. Continuei observando Ana, ela parou de ir ao café, mas sempre era um personagem da minha leitura.


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